Lendas e Tradições

Lendas

Lenda da Cova da Moura Encantada

Amina habitava numa cova, no Cimo de Alter Pedroso, terra onde andaram os mouros, tentando conquistar território dos cristãos. Numa dessas batalhas, uma espada cristã trespassou o coração de Amina, ficando o seu espirito sempre cativo nesse lugar. A beleza de Amina é lendária, por isso, todo o homem que se aproxima da cova fica preso aos seus encantos.  

Mulher que passe pela “Cova da Moura Encantada” deve saltar sobre o buraco. Se não cair, é garantido que será feliz no amor, se cair, será infelicidade certa. 

 

Lenda da Ponte Romana

Os Mouros criaram um plano para a construção da Ponte. Depois da produção de blocos de pedra, um trabalho moroso e habilidoso, estes foram numerados para facilitar a construção. Assim, cada bloco foi colocado no lugar certo e a ponte foi-se erguendo naquela noite sagrada, desde o pôr ao nascer do sol. Durante a construção, os Mouros tiveram algumas surpresas…  

Ao ouvirem um galo a cantar, o capataz perguntou: 

– Que galo canta? 

– O galo branco. 

– D’ess’inda m’ê nã spanto. 

Continuaram aa trabalhar… e cantou outro galo. 

Perguntou o mesmo: 

– Que galo canta? 

– O galo pedrês. 

– Chovim pedras a três a três! 

Ao nascer do sol… canta outro galo. E ele: 

– Que galo canta? 

– O galo preto. 

– C’o esse é qu’ê já me na meto. 

O receio pelo galo preto impediu a colocação do último bloco de pedra. Ao pôr do sol voltaram ao trabalho e colocaram o bloco que faltava para terminar esta grande construção mas, para surpresa de todos, ao amanhecer este bloco estava sempre no chão… 

 

Lenda dos Doze Melhores de Alter

No tempo que reinava D. Afonso IV, nem todas as pessoas tinham os mesmos direitos. De todas as classes, o povo era a que tinha menos direitos e tinha de obedecer às classes mais poderosas. Eram camponeses, pequenos lavradores, artesãos e comerciantes, que aos poucos foram enriquecendo e começando a distinguir-se, criando uma nova classe: a burguesia.  

Em Alter do Chão existiam 12 “Homens Bons”, homens importantes que se encarregavam da administração da vila. Certo dia, um nobre chamado Martim Esteves de Moles viajava com os seus homens pelo reino e quis instalar-se em Alter do Chão. No entanto, os “Homens Bons” de Alter, conhecendo os direitos que o Foral lhes concedia, não permitiram que o fidalgo, abusador e arrogante, invadisse as suas casas e fizesse uso do que não lhe pertencia. 

Martim Esteves de Moles ficou muito zangado com a proibição imposta pelos “Homens Bons” de Alter. Como ousavam, as gentes de Alter, desrespeitar uma autoridade e o seu bom nome? Por isso, foi apresentar queixa ao Rei D. Afonso IV, o Bravo. Este, por sua vez, deu razão aos habitantes de Alter do Chão. 

Porém, o fidalgo não se conformou e quis vingar a sua honra voltando a Alter do Chão com muitos homens de armas. Estes mataram os 12 Melhores de Alter. 

Quando o rei teve conhecimento do sucedido, quis castigar o fidalgo pela sua desobediência e pela sua crueldade! No entanto, Martim Esteves de Moles fugiu para Espanha, onde ficou a salvo da ira do rei. As gentes de Alter ainda hoje lembram estes Homens de valor.  

Tradições

Correaria 

António Dias Antunes 

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7 440-047 Alter do Chão 

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