Alter do Chão, as origens…
A presença humana em Alter do Chão remonta ao Neolítico, encontrando-se documentadas cerca de 30 antas dispersas um pouco por todo o concelho. As intervenções arqueológicas efetuadas junto do Castelo de Alter do Chão e no Jardim da Casa do Álamo permitiram recolher inúmero espólio lítico e cerâmico associado a um acampamento, a julgar pelo barro de cabana identificado.
A abundância de água, nomeadamente de fontes e ribeiros, nesta pequena planície chã, terá sido determinante no estabelecimento de comunidades humanas no actual centro da vila, a partir dos finais do IV milénio a.C., ou seja, há mais de 5 000 anos já habitavam grupos humanos, naquela que é hoje a Vila de Alter do Chão.
Topónimo
De origem indo-europeia, assume em Época Romana inicialmente a forma ABELTERIVM e depois *ABELTERIU, evoluindo provavelmente para *AELTERIU durante a Antiguidade Tardia, através da população hispano-romana e visigoda. Terá sido pelas comunidades moçárabes aqui residentes durante os sécs. VIII e XII que o topónimo evoluiu para *ALTEIRU e posteriormente para ALTER, designação pela qual surge referido no primeiro foral, outorgado em 1232 por Dom Vicente, Bispo da Guarda e ALTER DO CHÃO no foral atribuído por D. Afonso III, em 1249.
Neste sentido, as inúmeras variantes toponímicas referidas ao longo do tempo em diversas fontes, correspondem unicamente a deturpações, equívocos e erros de impressão.
Quanto à origem do epiteto “do Chão” poderá ter surgido em oposição a Alter Pedroso, aldeia localizada acerca de 4km a Sudeste. Pois sendo este último um lugar alto e rochoso, isto é pedroso, logo, Alter, situando-se numa pequena planície chã, ter-se-lhe-á dado o nome de Alter do Chão, para os distinguir.